Figuras como o Zé Povinho, o polícia ou o padre criadas por Bordallo Pinheiro vão ser reproduzidas em peças até 1,80 metros que serão espalhadas pela cidade das Caldas da Rainha no âmbito do projeto de regeneração urbana.
“Vamos participar no projeto de regeneração urbana com algumas figuras de movimento criadas por Bordallo Pinheiro e que vão ser reproduzidas em peças com 1,80 metros e 1,40 metros de altura”, anunciou Carlos Elias, responsável pelo setor comercial das Faianças Bordallo Pinheiro, numa conferência de imprensa.
O ‘saloio’ e a ‘saloia’ são outras figuras reproduzidas nas seis peças com 1,80 metros que, segundo o responsável, “serão espalhadas por vários pontos da cidade, criando uma espécie de rota de Bordallo entre a estação da CP e a fábrica”.
A estas juntar-se-ão gigantescas rãs e vespas com 1,40 m, bem como reproduções de andorinhas e outros animais de Bordallo.
As peças, que renderão à empresa “perto de 100 mil euros”, são apenas uma das novidades previstas para este ano na fábrica, que hoje iniciou uma parceria com a joalheira Ana Calheiros com vista à produção de uma coleção de joias e peças de prestígio.
“É uma experiência nova, com novos materiais cujo comportamento estamos a estudar para ver a coleção que irei fazer, com algumas peças de raiz e outras aproveitando peças já existentes que podem ser modificadas juntando pedras preciosas e semi-preciosas, folha de ouro, entre outros”, explicou Ana Calheiros.
Um centro de mesa e uma jarra de Bordallo adaptados pela joalheira serão algumas das peças a ser disponibilizadas através da parceria que irá criar peças para venda ao público e peças únicas para integrarem coleções privadas.
A par com esta parceria, a empresa anunciou hoje o lançamento, em 2012, de novos produtos como antigas telhas recriadas com novas decorações de uvas, mariscos, pintassilgos, girassóis e andorinhas, a par com novas coleções de louça utilitária que serão apresentadas este mês, em Frankfurt, na Alemanha.
A aposta reforçada na louça utilitária e peças contemporâneas é, segundo o administrador, Vítor Gonçalves, “um dos grandes contributos para os resultados positivos” da empresa, que em 2011 ultrapassou os três milhões de euros de volume de negócios.
A empresa exportou no ano passado 60% da produção e registou “um crescimento de 230% nas exportações extra-comunitárias”, sendo os Estado Unidos e Japão os principais mercados fora da zona euro.
Do total de vendas, apenas 11% são referentes a peças artísticas, sendo as criações contemporâneas responsáveis por quase 90% do volume de negócios das faianças.
Lusa