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Bolas oficiais da associação de Leiria dividem clubes

Para perceber como está a ser recebida a bola oficial de jogo nas competições oficiais, em futebol 11 (divisão de Honra) e futsal (prova seniores) esta época, a Associação de Futebol de Leiria enviou um inquérito para todos os clubes.

Há quem diga que são rijas, outros que fazem doer os pés, e outros ainda admitem que a bola oficial não é de qualidade. Para perceber como está a ser recebida a bola oficial de jogo nas competições oficiais, em futebol 11 (divisão de Honra) e futsal (prova seniores) esta época, a Associação de Futebol de Leiria (AFL) enviou um inquérito para todos os clubes.

“A uniformização das bolas foi solicitada pelos clubes. Decidimos avançar esta época com a medida e queremos perceber a opinião dos clubes”, diz ao REGIÃO DE LEIRIA Luís Monteiro, da AFL.

Para Hugo Mota, vice-presidente do Meirinhas, a criação de uma única bola de jogo “foi uma boa medida”. “Todos treinam e jogam com bolas iguais. Mas não é uma bola com qualidade. É mais rija do que outras que existem no mercado”, justifica.

Também o presidente do Recreio Pedroguense, Hilário Cunha, considera que “há bolas melhores, mais leves”. No entanto, se a indicação da associação é para utilizar uma bola de um modelo e marca específica, o dirigente entende que só tem que aceitar e cumprir o que está nos regulamentos. Recorde-se que o clube abandonou o jogo com o GD Nazarenos, em janeiro passado, alegando que estavam a ser utilizadas bolas não oficiais na partida. “Se existem normas para usar uma bola específica, é essa a bola que se deve usar”, explica.

Já o treinador do Industrial Desportivo Vieirense, Bruno Ramusga, refere que o esférico ideal “deve ser suave e permitir que o jogador tenha alguma sensibilidade quando entra em contacto com a bola”.

Quem já respondeu ao inquérito foi a equipa de futsal da Associação Desportiva e Recreativa dos Barreiros. “A uniformização é o único aspecto positivo. Falámos com os jogadores e consideramos que foi um retrocesso na qualidade do futsal”, afirma Jaime Areia, considerando que a escolha da bola oficial poderia ter sido “nivelada por cima” e recair sobre o modelo utilizado na Federação.

Belarmino Almeida, responsável do futsal do CR Golpilheira, que atua na divisão de honra feminina, partilha a opinião da maioria dos dirigentes e treinadores ouvidos pelo REGIÃO DE LEIRIA. “A bola é fraca, aguenta pouco tempo a bater e para as equipas que podem subir aos nacionais, existe uma grande diferença. A associação devia repensar a decisão para essas equipas”, salienta.

Esta é a primeira época com bolas oficiais na AFL, situação que já acontece na maioria das associações de futebol, mas a decisão pode não ser definitiva.

“Se nos inquéritos verificarmos que não foi uma boa medida, podem existir alterações no futuro. A associação está cá para ajudar os clubes e responder às necessidades”, esclarece Luís Monteiro.

Marina Guerra
marina.guerra@regiaodeleiria.pt

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