A Ergoestudo, de Boa Vista, Leiria, está sem atividade desde 30 de março e o futuro afigura-se incerto face às dificuldades de tesouraria e ao acumular de dívidas a trabalhadores, fornecedores, banca e Estado.
Recentemente, 15 funcionários suspenderam os contratos, já depois de outros nove colaboradores serem despedidos em novembro.
Fundada há 22 anos, com obra em Portugal e no estrangeiro, a empresa de mobiliário de escritório e ambientes de trabalho conquistou clientes como a PT Inovação, Barclays, Siemens e Sonangol.
No exercício de 2008 faturou cinco milhões de euros. E até ao verão passado empregava 40 pessoas. De acordo com uma funcionária, há agora três meses de salário em atraso e os trabalhadores que rescindiram não estão a receber as verbas correspondentes à indemnização.
Segundo a colaboradora, a Ergoestudo já não dispunha de material para laborar, por não pagar aos fornecedores. O declínio terá começado há três anos e agravou-se a meio de 2011, devido a “má gestão” e ao abrandamento da procura por parte do sector da construção civil, refere.
A empresa desenvolvia e fabricava produtos, detendo marcas próprias. Colaborou com projetistas, construtoras e gabinetes de arquitetura de referência. E tem património: instalações, terreno, equipamentos. Nas últimas semanas, pelo menos três credores apresentaram ações de execução no Tribunal Judicial de Leiria.
O REGIÃO DE LEIRIA procurou ouvir o sócio Vítor Faustino, sem sucesso.
(notícia publicada na edição de 13 de abril de 2012)