A Capela de Nossa Senhora das Necessidades, em Chãs, Regueira de Pontes, foi demolida no fim-de-semana, dando seguimento ao processo desejado pela paróquia e autarquia.
A demolição ficou praticamente certa quando o IGESPAR – Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico arquivou, há um ano, um pedido de classificação do monumento, mandado construir no século XVI.
Várias instituições se manifestaram contra a demolição. A proposta de classificação recusada foi apresentada pelo Centro de Património da Estremadura (CEPAE), Associação para o Desenvolvimento de Leiria (ADLEI) e um conjunto de arquitetos de Leiria. O Conselho Diretivo Regional Sul da Ordem dos Arquitetos considerou que a demolição da capela seria “uma machadada” na rede patrimonial do país.
A decisão foi então justificada porque, segundo o IGESPAR, a construção não reunia “os valores patrimoniais inerentes a uma distinção como valor cultural de importância nacional”. Há um ano, o padre Isidro Alberto via “a população ansiosa para que esta questão fique resolvida”. Recorde outros pormenores do processo aqui.
Após a demolição, sobra apenas a torre sineira que, devido à instabilidade da estrutura, ainda não se sabe se continuará de pé.
João disse:
Vergonhoso!
alvaro disse:
Lamento a pouca valorização da história, de um passado… Uma construção do século XVI… Em troca de quê?… Incompreensível.
Joana disse:
É facil falar mas então não deixavam construir uma nova e davam verbas para reconstruir o que existia. O que existia estava a colocar as pessoas que lá passassem em perigo e depois a responsabilidade seria da história. A história tal como as pessoas tambem tem um fim.
Rita Ferreira disse:
" Um povo sem memória é um povo sem história. E um povo sem história está fadado a cometer, no presente e no futuro, os mesmos erros do passado." (Emília Viotti da Costa)
Pela mesma lógica de ideias eu não gostaria de ser um idoso não produtivo dessa freguesia, nem imagino o respeito que lhe dedicam. Todo o esforço empenho e sacrifício levado a cabo pelas pessoas que outrora moraram nessa freguesia para edificar esse momumento tem o respeito que lhe deram. Tente imaginar as condições em que viviam as pessoas do séc.XVI, elas são os seus antepassados, vocês é que se deveriam esforçar por manter preservada a memória desta gente que se sacrificou. Desejo profundamente que a nova Igreja tenha o mesmo respeito por parte das gerações vindouras que a anterior teve da vossa parte, afinal é esse o ensinamento que lhe passam, não é verdade.
Mário Rodrigues disse:
Uma horda de bárbaros, desde o presidente da junta, o pároco local, ao bispo que lavou as mãos sujas. O povo, esse, é a habitual manada!… num país de bovinos e de suínos!…
marco aguiar disse:
as pessoas não compreendem que não se pode reconstruír o passado e o que se perdeu foi uma construção do século XVI. (quantas mais teremos desta data no concelho?) que desperdício.
João Mendes disse:
O povo é quem mais ordena.