O que liga a secretária do poeta Afonso Lopes Vieira na Biblioteca Municipal de Leiria a um dos quadros do Museu Malhoa em Caldas da Rainha? Ambas as peças ganharam nova alma na oficina Artma, responsável por um historial de restauros que inclui o caixão do Marquês de Pombal, a capela do cemitério da Marinha Grande e os espólios do Museu Escolar de Marrazes e do Agromuseu Dona Julinha.
É assim desde há 20 anos, entre a conservação e a recuperação, a reutilização e a transformação. Mobiliário que recebe vida extra na função original, ao lado de roupeiros que se tornam livreiros e arcas renascidas como mesas. Tudo sob o olhar atento da empresária Ana Cláudia Jorge, que lidera a oficina e o processo de intervenção.
A filosofia da Artma – localizada em Leiria, na zona da Estação – bebe no respeito pelo valor sentimental das peças, no conhecimento histórico acumulado.
São justamente aqueles com “uma cultura familiar de valorização do património” os principais clientes da empresa, diz o sócio Vítor Jorge.
Depois, num mundo em rápida mudança, as oportunidades para um negócio que vive do passado descobrem-se, por exemplo, no restauro de arte sacra.
Na Artma decorrem atualmente trabalhos em torno de 20 imagens do século XVI pertencentes a uma capela de um solar nortenho. E é assim que se mantém a tradição.
(leia a notícia na íntegra na página 24 da edição de 1 de junho de 2012)
Cláudio Garcia
claudio.garcia@regiaodeleiria.pt