Alcobaça já respira a XXª edição do Cistermúsica, considerado pela organização “o maior festival do país”.
Com um orçamento de 86 mil euros, uma redução de 40 por cento em relação ao ano anterior, a Câmara de Alcobaça espera obter uma comparticipação de 85 por cento através de uma candidatura ao abrigo da Rota Património da Humanidade, razão pela qual a maioria dos espetáculos têm lugar no Mosteiro – e com entradas gratuitas.
O início foi no passado dia 14 de junho, com o concerto inaugural inserido no Congresso Internacional dos Mosteiros de Cister. Foi o ponto de partida para os 23 espetáculos previstos para o Cistermúsica 2012, muitos descentralizados pelas freguesias, em particular na Benedita, Pataias, São Martinho do Porto, Cós e em outras igrejas do concelho.
O festival prolonga-se até 29 de julho e reforça, este ano, a seção dedicada à dança.
Segundo a organização, a cargo da Academia de Música de Alcobaça e município de Alcobaça, apenas os espetáculos no Cineteatro têm entrada paga, com destaque para a estreia exclusiva da ópera “Páris e Helena”, de Christoph Willibald Gluck, agendada para o dia 7 de julho.
“O festival é este ano menos internacional”, reconhece o diretor artístico do festival, Alexandre Delgado, situação que atribui às “limitações financeiras e temporais”.
A XXª edição do Cistermúsica, frisa Alexandre Delgado, é “uma súmula de todas as direções que têm sido a imagem de marca ao longo dos anos”. “Um programa de música de todas as épocas e para todos os gostos”, concretizou o diretor artístico do festival, realçando a “atenção dada aos jovens valores” e “aos agrupamentos de percussão”.
A dança, este ano “com uma programação mais ambiciosa”, apresenta três características distintas: ”nacional, internacional e educação”.
Depois de três espetáculos de dança no Cineteatro, o Mosteiro de Alcobaça recebe amanhã, sábado, pelas 22 horas, mais uma noite de dança, pelo Renegade Performance Group, dos Estados Unidos da América.
O concerto de encerramento está marcado para 29 de julho, com a Orquestra Filarmónica das Beiras, dirigida por António Vitorino d’Almeida.
Artur Ledesma
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