Durante os 40 anos que esteve emigrado na Alemanha, Carlos Canhão nunca deixou de praticar carambola. Aprendeu em Portugal, antes de decidir abandonar o país à procura de uma oportunidade, e continuou a jogar em terras germânicas. Chama-lhe o desporto dos “maduros em idade”.
Trata-se de uma modalidade de bilhar, que se joga com dois jogadores e três bolas. Cada um tem uma bola de cor. Tem de bater a sua bola, devendo tocar nas outras duas existentes no tapete – a carambola. A partida pode disputar-se de forma livre ou às três tabelas, isto é, antes da bola de cor bater na última bola, terá que fazer três tabelas na mesa.
Com o desejo de continuar a praticar, Carlos Canhão, de 75 anos, regressou à Bajouca, concelho de Leiria, e fundou uma secção de carambola, na sede do Grupo Alegre e Unido (GAU) – a única existente no distrito e inscrita na Federação Portuguesa de Bilhar. Com cerca de 10 jogadores – “tudo malta com experiência”, diz – a secção vai participar com Abel Teixeira, António Simões, Carlos Canhão e Vítor Santiago, no campeonato nacional da II divisão – zona Sul, na próxima época.
Na sede do clube, tal como os regulamentos exigem, estão duas mesas de grandes dimensões com aquecimento – elemento fundamental para que a bola circule com mais velocidade. Agora, é necessário fomentar a modalidade entre os jovens da freguesia (e não só). “Os mais velhos já sabem jogar, agora faltam os mais novos. É um jogo fácil mas que exige alguma prática e precisão”, explica o jogador. Para ajudar a desenvolver a secção, Carlos Canhão vai treinar jogadores às segundas, quartas e sextas-feiras e promover alguns torneios.
Marina Guerra (textos)
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Joaquim Dâmaso (fotos)
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