Já é uma adulta crescida, feita admirável mundo novo, fabricada, processada e, para quem a usa, de difícil privação.
É a internet.
Ela – que há tempos chegou a ser uma espécie de universo paralelo e de fantasias – ganhou “corpo”, deixou de ser algo “onde se vai” e, naturalmente, faz parte dos processos. Mais do que isso, cumpre e em larga medida também, o papel de agente democratizador da sociedade.
A maior virtude que lhe encontro está na capacidade que tem de instigar nas pessoas, e continuamente, inteligência, criação e novas formas de a explorar a favor do que é real e bem tangível.
E há tantos exemplos. Trago este: O site BigArtMob foi lançado há poucos dias. Natural de Londres (e mais que um site), esta (boa) ideia tem o intuito de reunir numa única plataforma, arte pública de todo o mundo; arte cujo palco é a cidade, acessível, gratuita, intencional, perene ou volátil.
O que faz disto uma boa ideia? O facto de poder ser qualquer um de nós a escolher e decidir o que é “arte”. Basta enviar uma imagem, a descrição e a localização da peça, do grafíti, da “coisa artística”. Essa informação fica disponível e, melhor, pode ser vista no seu contexto urbano.
Ainda melhor (que criar um mapa e roteiro de esculturas ou de “ruas tatuadas”) é dar só o cheirinho e ir lá vê-las. Ao mundo real.
De Portugal está lá pouco. De Leiria (ainda) zero resultados.
Temos desafio.
(texto publicado a 14 de setembro de 2012)