Sábado fui ao Mercado Municipal. Na cave, enquanto apreçava umas cebolas, senti cair-me um pingo na cabeça. Depois outro, agora na testa. Passito ao lado e toca de olhar para o ar. Reparei que havia um conjunto de estalactites! Várias. Em vários sítios. Como há meses não chovia… Claro que fiz uma inspeção e fiquei assustado. A degradação é enorme. Ainda bem que a ASAE por ali não passa… Sim porque alguns ainda vão vendendo para garantir o seu sustento, coisa cada dia mais difícil nos tempos que correm.
Creio que ainda do abortado projeto do megacentro comercial ficaram pendências por corrigir. Na altura constaram-me duas coisas. Uma era que não valeria a pena fazer uma intervenção pois “era para deitar abaixo”. Outra era que se havia deixado de cobrar aos vendedores pois “seria uma situação transitória”.
Se o argumento para não cobrar tiver sido a não reparação, fico preocupado pois isso indiciará que se continua sem cobrar… E já lá vão alguns anos. E será uma pescadinha de rabo na boca. Não cobra porque não arranja, não arranja porque não cobra.
Se assim for urge cortar o enguiço e resolver o assunto. Até por uma questão de justiça relativa. Existem outros mercados onde há cobrança. E nos tempos que correm releva que se promova a justiça e a concorrência leal.
E não há apenas a cave no mercado municipal…
(texto publicado a 28 de setembro de 2012)