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Manel da Quitéria reabre renovado e cinquentenário

Não ficou um copo no lugar. O restaurante Manel da Quitéria, como é conhecido pelos clientes mais regulares, onde há sempre peixe fresco pronto a grelhar no carvão, está de face renovada.

Manuel Faustino e Alice Cristóvão no novo “Manel da Quitéria” (fotografia: Joaquim Dâmaso)

Não ficou um copo no lugar. O restaurante Manel da Quitéria, como é conhecido pelos clientes mais regulares, onde há sempre peixe fresco pronto a grelhar no carvão, está de face renovada, quase irreconhecível, após as maiores obras desde 1984. E se­gue-se uma ligeira regeneração da carta, prometida para muito breve.

Faz 50 anos que o Manel da Quitéria serve refeições na rua Correia Mateus. Era uma taberna à antiga portuguesa, com pipas de vinho, que aproveitava a vizinhança do mercado municipal – hoje a funcionar junto ao Maringá – e a proximidade dos trabalhadores do comércio. Mais tarde juntaram-se os advogados, médicos e industriais, ajudando a construir a fama da casa, em Leiria e não só.

No ano da primeira grande remodelação, 1984, em que acrescenta serviço de jantares, já era uma tasca com guardanapos de pano, conhecida pelos pratos de peixe. No final dessa década, a noite leiriense passava pela rua Correia Mateus, às quintas, sextas e sábados, chegando a sair mil litros de imperial por fim de semana.

“É uma das coisas que preservo e a única vaidade que tenho: boa cerveja”, afirma Manuel Faustino, que gere o estabelecimento com Alice Cristóvão. Há 10 anos, recebeu o negócio do pai, mas há muito mais tempo que era ali a sua vida, praticamente desde a infância.

A reabertura do restaurante, na passada quarta-feira, dia 10, após seis semanas de inatividade, confere o cenário ideal para celebrar o cinquentenário e a primeira década da atual gerência.

A renovação traz mais conforto e uma imagem atualizada. “A nossa preocupação foi com os clientes”, refere Alice Cristóvão.

Mantém-se o ambiente familiar, mas profissional, e as referências que fazem a história deste espaço no centro da cidade: o peixe, mas também os bifes, as iscas e o chuletón à espanhola.

(Notícia publicada na edição de 12 de outubro de 2012)

Cláudio Garcia
claudio.garcia@regiaodeleiria.pt

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