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Cultura

Grupo Pinhal d’El Rei comemora 30 anos com espectáculo multidisciplinar

Há três décadas a divulgar a música tradicional portuguesa, o Grupo Pinhal d’El Rei festeja o aniversário neste sábado, num espectáculo especial no Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria.

Da formação inicial do Pinhal d’El rei sobram dois elementos, o restante alinhamento é bastante jovem

Há três décadas a divulgar a música tradicional portuguesa, o Grupo Pinhal d’El Rei festeja o aniversário neste sábado, num espectáculo muito especial no Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria.

A festa inclui diversos convidados e começará na rua. Mas para saber o que vai acontecer, e o que aconteceu ao grupo nos últimos 30 anos, o melhor mesmo é ler a entrevista com Bernardo Serrano, um dos dois elementos fundadores (o outro é Vítor Salvino) que ainda integram o Pinhal d’El Rei.

Foram 30 anos felizes para o Pinhal d’El Rei?
Durante este percurso de 30 anos houve altos e baixos, como aliás acontece com todas as organizações, mas a persistência de alguns, nos momentos piores, levou a que esta associação se mantivesse com um dos seus objectivos, que é a divulgação da música tradicional. Entre os vários momentos altos tivemos como as idas a França e Alemanha por duas vezes em digressão, a gravação do primeiro CD em 2002, chamado “Cantares de Amigo”, e a atuação com os Trovante, no antigo pavilhão gimnodesportivo em Leiria, aquando da entrada de Portugal na CEE, perante cerca de 2.000 pessoas. Um dos momentos mais baixos foi não termos tido uma sede durante vários anos, problema que está ultrapassado desde 2008, bem como a saída de elementos que estimamos e que foram saindo ao longo dos anos, por diversos motivos, profissionais, pessoais, etc. Mas todos eles continuam connosco e com o nosso projecto. Sim, pode-se dizer que foram 30 anos felizes.

Há energia e música para mais 30 anos?
A energia mantém-se, não sabemos se durará por mais 30 anos mas, pensando a curto prazo, temos projetado ainda para este ano a gravação de um CD e a sua divulgação e comercialização ao longo do ano 2013, com novos temas tradicionais e alguns originais.

Há algum objetivo que o grupo gostasse de ter feito nestes 30 anos e que esteja por concretizar?
Um projecto nunca termina e vamos continuar dando um passo de cada vez, até porque há elementos muito novos no grupo e que estudam ou trabalham fora da nossa zona, mas o objetivo principal é e será a divulgação da nossa música tradicional, com arranjos e roupagem muito próprios.

O concerto de comemoração conta com vários convidados. O que prepararam?
Vai ser uma grande produção. Com a ajuda de muita gente, a quem temos que agradecer, criou-se a ideia de montar uma festa de aldeia, começando no exterior do Teatro José Lúcio da Silva (os bilhetes custam 5 euros e podem ser adquiridos aqui), com gaiteiros, bombos e cabeçudos, isto a partir das 21 horas. No interior vai haver uma pequena representação teatral a cargo de um elemento do grupo “O Nariz” sobre um tema popular. Na zona de exposições estará à nossa espera a simulação de um pequeno mercado antigo com elementos do Rancho da Região de Leiria, vestidos à época. Depois será o espectáculo propriamente dito, às 21h45, um cenário com uma igreja e diversos utensílios de cariz rural no palco, onde irão atuar o João Portugal, os Fádo com Alma e o nosso grupo, que tocará temas tradicionais, acompanhado em dois temas por jovens bailarinas de dança contemporânea. Um espectáculo multidisciplinar, integrando música, teatro e dança e que vale a pena ver. Estão todos convidados.


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