Começa este fim de semana o Campeonato Nacional de Basquetebol CNB2. O Sporting Clube Marinhense é o único representante da região, sento também a única equipa sénior da região a atuar nos campeonatos nacionais.
O primeiro jogo é amanhã, sábado, com o UFB, no pavilhão da Embra, pelas 16 horas.
José Maia é o treinador da equipa e diz ao REGIÃO DE LEIRIA estar receoso sobre o futuro da modalidade na região.
REGIÃO DE LEIRIA – Concluíram o campeonato na época passada em sexto lugar. Quais são as vossas apostas para esta época?
José Maia – Sim, acabamos o último campeonato em sexto lugar, mas penso que o último campeonato foi mal elaborado por parte da Federação Portuguesa de Basquetebol. Penso que, este ano, podemos obter uma melhor classificação no final da época regular e lutar para o apuramento da fase final. Na sequência da desistência de alguns clubes na região, a possibilidade de escolhas do nosso plantel aumentou. Atualmente temos 16 a 18 jogadores capazes de jogar a um nível bom.
Ser a única equipa da região nos campeonatos nacionais seniores dá-vos uma responsabilidade maior?
Sentimos a mesma responsabilidade de sempre, ser a única equipa representativa da região apenas pode refletir uma maior motivação, pois representamos uma zona onde a modalidade está a desaparecer sendo este o reflexo de um país em crise..
A formação é um pilar importante no vosso trabalho?
Sim, é de extrema importância a formação tendo em conta que a nossa equipa sénior é composta por 50% dos jogadores que pertenceram às nossas escolas de formação. Com um contexto muito complicado a nível nacional é muito difícil conseguir pessoas que colaborem na formação dos jovens.
A desistência de várias equipas esta época evidencia que a modalidade também não escapa à crise. Quais são as principais consequências para o SC Marinhense? E para a modalidade?
É com muita desilusão que vemos o basquetebol na região a degradar-se na sequência de vários factores que impossibilitam alguns clubes de se inscrever na competição. O aumento do preço das inscrições, as deslocações e as arbitragens têm um peso cada vez maior e impossibilitam outros clubes poderem participar nesta competição. A não existência de clubes na região agrava os custos do clube, tendo de efetuar deslocações mais longas e mais dispendiosas. Quanto a modalidade corre sérios riscos de sobrevivência no escalão de seniores na região.