Duas cirurgias ortopédicas, fisioterapia e mais 10 a 14 semanas de cuidados. Simba, um cachorro de sete meses, foi atropelado, em novembro passado, pelo dono.
Transportado até à Clínica Veterinária de Leiria, em Parceiros, foi detetado que o animal estava com as duas patas traseiras fraturadas e um défice neurológico no membro posterior esquerdo. Prestados os primeiros cuidados veterinários, “o dono nunca mais se mostrou interessado em ir buscá-lo, nem sequer preocupado com ele”, revela o responsável da clínica, Patric Vieira.
“O destino deste animal é incerto. Não tem para onde ir e o objetivo é encontrar uma família que lhe possa dar todo o amor do mundo”, explica, indicando que Simba é um “cachorro muito meigo e brincalhão”.
A situação de abandono de animais na clínica não é nova. “Isso acontece porque, cada vez mais, as pessoas aproveitam-se da crise para se desfazerem dos seus animais, muitas vezes porque não estão para se incomodarem com os cuidados que um cão exige ou porque este incomoda”, justifica. E acaba, por vezes, também por ser uma desculpa para não pagar as despesas no veterinário, refere. Contudo, a verdade é que “em alguns casos, os donos não têm mesmo posses para fazer face às despesas”, lamenta.