A passagem do secretário-geral do PS, António José Seguro, pelo concelho de Ourém foi pretexto para o presidente da Câmara, Paulo Fonseca, lembrar alguns dos principais problemas que afligem o município.
A saúde, a Lei dos Compromissos e o Turismo de Fátima foram os principais tópicos abordados, sem esquecer a requalificação da avenida D. José Alves Correia da Silva e o restante plano de urbanização de Fátima. Seguro mostrou-se comprometido, mas não fez promessas.
“Peço que na primeira oportunidade possa dar orientações para revogar” a nova lei sobre o Turismo, começou Paulo Fonseca. Esta lei, aprovada dia 15, reduz para cinco os organismos de promoção regional, passando Fátima para a região de Lisboa e Vale do Tejo. A cidade religiosa fica assim numa “posição debilitada”, quando é “uma marca mais conhecida que Portugal” e precisa de uma estratégica própria, salientou o autarca.
Paulo Fonseca lembrou também a área da saúde e das promessas, nunca cumpridas, feitas há um ano pelo secretário de Estado da Saúde (abrir Urgência do Centro de Saúde de Ourém até à meia-noite, dotar o concelho de uma viatura para dar apoio médico).
As limitações criadas pela Lei dos Compromissos fizeram o autarca concluir o seu discurso dizendo que “em Lisboa não se percebe a realidade do país, do país que trabalha”.
Após uma apresentação do projeto de requalificação da avenida de Fátima e restante urbanização, Seguro começou por dizer que a sua visita pelo país destina-se a conhecer e a escutar as populações.
“Quando os recursos são escassos temos que ser seletivos”, referiu. “Fátima pode criar um conjunto de recursos à região, se soubermos atrair as pessoas”. “Para isso é necessário ter visão” e terminou referindo que gostava de se comprometer “com este projeto, pela riqueza que pode trazer à região e ao país”.
Sobre o turismo não se alargou, comentando que marcas como “Fátima” ou “Serra da Estrela” são mais reconhecíveis que as estruturas de turismo que se têm criado. “Eu considero que há áreas no nosso país em que já devíamos ter estabilizado o nosso consenso” e que fossem resistindo às diferentes magistraturas.
Cláudia Gameiro
claudia.gameiro@regiaodeleiria.pt