Esta poderá ser a última época do Centro Desportivo de Fátima (CDF) nas competições nacionais de futebol como clube. O emblema pretende passar a Sociedade Anónima Desportiva (SAD), a partir da próxima época, e vai propor isso mesmo aos sócios em assembleia geral.
“Entendemos que temos que criar outras condições para o futebol sénior, nomeadamente pela profissionalização do futebol, e a constituição de uma SAD é o melhor caminho”, explica Sérgio Frias, presidente do clube.
A jogar atualmente na II divisão nacional, escalão onde deverá permanecer na temporada 2013/2014, o Fátima não está obrigado a “transformar-se” numa sociedade desportiva, dado que a competição não é profissional. Contudo, Sérgio Frias defende que “o lugar do Fátima é na II Liga”, e vai lutar para subir de divisão. Logo, necessita de se estabelecer com esse regime jurídico obrigatório por lei. Mas não só. “Hoje em dia, da forma como está a nossa economia, não é fácil para um dirigente, associativo ou não, conseguir cativar qualquer tipo de patrocínio. É preciso olhar em frente e não ficar acomodado”, afirma.
Numa primeira fase, o capital social será de 250 mil euros, o valor mínimo exigido, e o clube já tem “uma série de investidores” interessados em entrar para a SAD, adianta o presidente.
Federação apoia
O Campo de Futebol João Paulo II, do CDF, vai merecer o apoio da Federação Portuguesa de Futebol em 36 mil euros, no âmbito de um programa de apoio para a melhoria das infraestruturas e equipamentos dos estádios de 35 clubes da II divisão.
O protocolo foi assinado no início do mês e pretende melhorar as zonas de balneários, posto médico e salas do recinto desportivo, onde jogam as equipas de formação do clube “cidade santuário”, num investimento total de 55 mil euros. “Há a possibilidade de trazer os jogos do Fátima [do estádio municipal] para o João Paulo II. Ter a equipa a jogar na sua casa é sempre o objetivo, mas primeiro vamos melhorar as infraestruturas”, justifica Sérgio Frias.
O campo tem capacidade para 1.450 adeptos sentados e zona de peão.
Marina Guerra
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