Que leitura poderemos fazer de uma bandeira hasteada ao contrário no dia 5 de Outubro ou o colapso dos cravos durante o discurso do Presidente da República, no dia 25 de Abril? Claro que haverá sempre leituras diferentes, de acordo com a cor política de cada um. Uns dirão que os cravos desmaiaram devido à qualidade do ar, alguns dirão que se suicidaram perante um discurso tão negativo, outros dirão que os cravos apenas tiveram de ir à casa de banho e que, graças a Deus, vivemos numa democracia em que qualquer um com necessidades fisiológicas urgentes pode retirar-se durante um discurso do Presidente de todos os cravos, alegadamente. O que é muito claro é que os cravos que estavam à frente do mais alto magistrado da nação caíram durante o seu discurso e alguma coisa os fez cair! Todos sabemos que a libertação de dióxido de carbono vinda da queima de combustíveis fósseis prejudica gravemente a qualidade do ar e nem todos os cravos se resignam ao meio ambiente que lhes tentam impor, alguns até acham que têm o direito de escolha! A verdade é que ainda existe alguma esperança nos cravos e nenhum fóssil lhes pode roubar isso! Agora a sério, um Presidente que se cola a um regime que ameaça constantemente a nossa Constituição não é uma coisa muito agradável para os cravos! Assim… os cravos revoltam-se e ninguém quer uma parte dos nossos cravos a atirar bustos de Camões à cabeça do nosso… alegadamente, Presidente da República no dia de Portugal, por mais que Gaspar diga que os cravos também se abatem!
Texto escrito de acordo com a antiga ortografia.
(texto publicado a 2 de maio de 2013)
