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Saúde

Utentes da Marinha Grande saem à rua contra a falta de médicos

Os utentes do Centro de Saú­de e do Serviço de Atendimento Permanente da Marinha Grande manifes­tam-se sexta-feira, dia 21, contra a falta de médicos e degradação da prestação dos cuidados.

Os utentes do Centro de Saú­de e do Serviço de Atendimento Permanente (SAP) da Marinha Grande manifes­tam-se dia 21, às 18 horas, na Praça Stephens, em protesto contra a falta de médicos e a degradação da prestação dos cuidados de saúde.

Centro de Saúde da Marinha Grande

A decisão foi tomada no passado dia 6, numa reunião que juntou um centena de utentes no Sport Operário Marinhense, a convite da Comissão de Utentes em Defesa do SAP/24 horas.

Em comunicado, a comissão denuncia o “agravamento drástico do funcionamento do SAP, com um médico apenas, em vez dos dois existentes até final de abril deste ano”, mas também a “falta sistemática de medicamentos e material de socorros de urgência”, o que cria “situações por vezes dramáticas”.

No que toca ao Centro de Saúde, os utentes queixam-se da “penúria de médicos” que faz com que 9.000 a 10.000 utentes, de um total de 42 mil inscritos, não tenham médico de família. Situação que suscita “diariamente um clima de revolta” e contendas com os funcionários da unidade, “impossibilitados, por falta de meios, de resolver positivamente as necessidades dos utentes”.

Para os queixosos, o problema decorre de “uma política geral que leva à destruição do Serviço Nacional de Saúde”. Afirmando-se contra “este estado de coisas” mandataram ainda a Comissão de Defesa do SAP/24 horas para fazer chegar junto do Agrupamento de Centros de Saúde do Pinhal Litoral e da Administração Regional de Saúde do Centro as suas reivindicações.

Segundo Luís Marques, porta-voz da comissão, aqueles organismos vão ser informados por escrito da posição dos utentes do concelho, não estando afastada a possibilidade de pedir uma audiência para expor a situação. É ainda intenção contactar outras comissões de utentes dos serviços de saúde e sindicatos dos médicos e dos enfermeiros para a promoção de “uma ação unida a nível nacional que permita pôr termo a esta política de desmantelamento da Saúde Pública”, sustenta a comissão.

(Notícia publicada na edição de 13 de junho de 2013)

MR

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