Moldes inteligentes, que otimizam a injeção de plásticos e permitem acesso remoto para aquisição de dados e definição de parâmetros. O sistema existe, está em processo de registo de patente internacional e foi desenvolvido pela empresa Famolde, da Marinha Grande.

Com o sistema MouldOne, “o molde passa a ser um elemento ativo no processo”, salienta Bruno Martins, responsável pelo departamento de inovação da Famolde. As vantagens vão desde a redução dos custos de produção à otimização de tempos de injeção, passando pela diminuição de artigos rejeitados e ganhos de eficiência energética, entre outros.
Com este instrumento, que é acoplado ao molde, os técnicos de qualquer empresa podem monitorizar e manipular à distância os parâmetros de um processo de injeção a decorrer noutra unidade fabril, em cidades ou países diferentes. Mas o MouldOne também é um sistema inteligente que ajusta de forma automática parâmetros críticos como a dimensão, geometria, temperatura e pressão. Por outro lado, a memória interna permite criar uma espécie de caixa negra de toda a vida útil do molde, com registos que podem ser requisitados a qualquer momento.
O projeto, desenvolvido no âmbito de uma candidatura ao QREN, representou um investimento de 600 mil euros, com apoio de fundos comunitários, envolvendo a participação de quatro parceiros: o Instituto Politécnico de Leiria, o INOV, a SimulFlow a Stream.
O MouldOne será fornecido com os moldes desenvolvidos pela Famolde e disponibilizado no mercado como solução tecnológica para a indústria de moldes e plásticos, o que significa um novo segmento de negócio para a empresa da Marinha Grande.
Na Famolde Innovation, a divisão responsável pelo desenvolvimento de ferramentas especializadas e soluções chave-na-mão, foram já desenvolvidos projetos nas áreas de energias renováveis e medicina, por exemplo.