Os seis anos passados sobre a inauguração do Polis começam a deixar marcas nas margens do Lis. O sistema de rega está inoperacional em grandes extensões. A iluminação colocada nalgumas infra-estruturas e no chão não funciona. Os bares desocupados degradam-se a cada dia que passa.
A Câmara de Leiria culpa os vândalos e faz uma vistoria semanal para detetar e resolver problemas. E não revela os custos de manutenção, porque a sua dispersão por diversos centros de custo exige tempo para serem apurados.
O semanário REGIÃO DE LEIRIA passou “a pente fino” as margens do Lis incluídas no programa Polis, inaugurado a 28 de agosto de 2007, na sequência de um investimento de 40 milhões de euros – em conclusão apenas agora com a construção da última ponte.
O levantamento demorou seis horas (no fim de semana de 22 e 23 de julho) e permitiu detetar duas dezenas de situações, de diferentes níveis de gravidade, a precisarem de intervenção.
Os sistemas de rega e iluminação e os bares desocupados geram as maiores preocupações.
No que respeita à iluminação colocada no solo, está destruída, muito danificada ou desligada, nas pontes e nos parques Radical e da Fonte Quente. Mas há outros problemas, relacionados com a degradação do pavimento, bebedouros, caixotes do lixo, bancos de jardim, vedações e com a limpeza.
Estes danos, embora pareçam menores, contribuem para a sensação de descuido na manutenção dos 7,650 quilómetros de extensão do percurso.
O destino dos bares está por decidir, mas a Câmara garante que “irá proceder a intervenções de segurança”. Quanto ao sistema de rega, “diversas vezes alvo de intervenção, encontra-se inoperacional em algumas zonas devido a atos de vandalismo”.
Os técnicos da autarquia e da EDP Distribuição têm reparado a iluminação dos candeeiros, mas os vândalos são mais rápidos. Em junho, a Câmara apresentou queixa na PSP pelo furto e destruição de luminárias.
Mas, desde o cimento estalado nos corrimões das escadas da ponte da avenida D. João III, até aos estragos causados pela intempérie de março, próximo da ponte Euro 2004, passando pela vedação de madeira destruída junto ao ginásio de manutenção, e dezenas de pedras partidas ou em falta, nas escadas e muros no jardim de Santo Agostinho e no parque da Fonte Quente, há muito trabalho a fazer. E urgente. Para evitar que a degradação tome conta de um dos espaços preferidos dos leirienses.
Carlos Ferreira
redacao@regiaodeleiria.pt
(Reportagem completa disponível na edição de 4 de julho de 2013)
João Dias disse:
Perguntem à Sr.ª Isabel Damasceno se ela tem alguma ideia de recuperar a bosta que ela fez. 40 milhões para nada…. fora o estádio!