Serviu para parque de estacionamento de veículos pesados durante anos e quando a autarquia local julgava que o espaço ia ser embelezado, eis que as questões financeiras travaram as obras no largo principal da freguesia de Carreira. A população não concorda e está revoltada com o estado em que está deixado o principal ponto de passagem da localidade.
Propriedade da Igreja local, o terreno onde antes existiu uma capela, tem um projeto orçado em 100 mil euros, cerca de metade comparticipado pela autarquia, após a conclusão dos trabalhos. Contudo, a falta de verba e o consequente desentendimento entre a Comissão da Fábrica e o empreiteiro levou a que a intervenção parasse há pelo menos três meses, quando ainda falta colocar a calçada, mobiliário de jardim, iluminação e espaços verdes.
“É um cartão de visita inacabado. A população está incomodada porque não conhece o projeto na totalidade e a obra não avança”, adianta Mário Carvalho, presidente da junta de freguesia, que gostaria de ver a intervenção concluída antes do final do seu mandato, em setembro.
Já o padre José Batista, presidente da Comissão da Fábrica, diz compreender a população e lamenta a situação. “Sempre que existe uma mudança, a tendência é as pessoas assustarem-se. Creio que o mais complicado é a obra estar parada. Quando estiver acabada, a população vai compreender o projeto”, explica ao REGIÃO DE LEIRIA.
Marina Guerra
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