“As meninas aqui dão-lhe com força”, mas é o companheirismo, cumplicidade e irmandade que ganham destaque na nova modalidade desportiva que começa a ganhar força em Leiria.
Roller derby é um desporto de contacto entre duas equipas de cinco elementos, disputado em cima de patins e num campo oval. O objetivo é a jammer (patinadora identificada com uma estrela no capacete) passar legalmente pelas blockers (equipa adversária que bloqueia a passagem da atleta).
A modalidade, maioritariamente feminina, tem pouca expressão em Portugal. Existem algumas equipas no Porto, Lisboa e Algarve, mas o objetivo é “criar mais”. E alargar a euforia até Leiria.
Por agora, Dina Bastos é o principal rosto do projeto em Leiria, auxiliada por Marta Carreira, treinadora da equipa do Porto. Procura raparigas, casadas e solteiras, estudantes desempregadas ou profissionais no ativo, que queiram formar uma equipa e estejam dispostas a promover a modalidade.
“Não é um requisito saber andar de patins”, explica. E, no início, o equipamento vai ser recuperado de outras “aventuras”: “os patins que estão lá por casa, encostados, ou de alguma prima, vão ter que servir”, realça. Depois é ainda preciso capacete, proteções para os ombros, cotovelos, pulsos e joelhos.
Ainda sem nome para a equipa, nem pavilhão, Dina realça que todas as ajudas são bem vindas. “Ao início parece um pouco violento, mas não é, e a cumplicidade e irmandade que se cria é tal que uma pessoa fica logo ‘presa’ à modalidade”, diz, justificando que o andebol, o futebol ou o basquetebol têm níveis de contacto iguais ou maiores.
O movimento está a ser dinamizado no Facebook, pelo evento “Roller Derby – Recruta de Patinadoras” e as reuniões, treinos e atividades serão divulgadas na página.