O Mosteiro da Batalha sempre deslumbrou os visitantes que por aqui passaram.
Por ele se “enamorou” o nobre inglês William Beckford, dando-o a conhecer depois a toda a Europa; foi um escocês, James Murphy, que pela 1ª vez, nos finais do séc. XVIII, o desenhou, descreveu e mediu.
Pela sua decadente beleza se condoeu Fernando de Saxe-Coburgo-Gota-Koháry, príncipe e rei consorte de Portugal. Vendo o estado lastimoso em que o mosteiro se encontrava após a extinção das ordens religiosas, ele mesmo promoveu e pagou trabalhos de limpeza, conservação e restauro a partir de 1840, salvando o monumento de uma inevitável ruína por abandono e vandalismo, colmatando assim, em parte, a falta de iniciativa e meios do estado português de então.
Anualmente o Mosteiro da Batalha recebe quase 270 mil visitantes, 65% dos quais estrangeiros, sendo, portanto, o 2º monumento nacional mais visitado (logo a seguir aos Jerónimos). Esse encontro diário com os visitantes deixa-me frequentemente sensibilizado e cheio de orgulho. Muitos dos turistas que visitam o Mosteiro da Batalha expressam o seu deslumbramento pelo monumento, referindo-se-lhe como “maravilhoso”, “fantástico”, “belo”, “impressionante”.
E a verdade é que, por mais que se visite, sempre se encontra algo de novo que nos deixa inevitavelmente maravilhados.
(texto publicado na edição de 5 de dezembro de 2013)