Leiria é desde o passado sábado a sede da Resipinus, uma nova associação de âmbito nacional que junta destiladores e exploradores de resina. O sector vale mais de 250 milhões de euros por ano em Portugal – contabilizando a indústria transformadora – e exporta 90% da produção. Está também a criar postos de trabalho, em especial nas zonas rurais, absorvendo desempregados da construção civil e dos transportes.
Há diversos fatores que colocam a fileira perante novas perspetivas e oportunidades: os preços estão a subir no mercado internacional, a disponibilidade de mão-de-obra é maior e a produção – seis a sete mil toneladas por ano – só chega para 10% da resina consumida no nosso país, ou seja, existe uma forte dependência de importações, sobretudo com origem na China e no Brasil.
Apesar do impacto do êxodo populacional e dos incêndios nos últimos anos, a atividade da resinagem continua a decorrer em toda a mancha de pinhal, do norte transmontano ao litoral alentejano, com destaque para os concelhos de Leiria, Marinha Grande e Pombal, que têm um peso de 50% na produção e transformação de resina em Portugal (a Respol, em Leiria, é a maior empresa da Europa).
O último pico de produção no nosso país aconteceu em 1997 e atingiu as 30 mil toneladas. O consumo atual em todo o mundo é de um milhão de toneladas. As perspetivas para a produção de resinas passam também pela existência de indústria química na Europa, responsável por um terço da procura internacional. Com a China a praticar preços cada vez mais elevados, os grandes fornecedores de resinas no futuro serão os países da América Latina, acreditam alguns especialistas. E também aí há uma oportunidade para Portugal.
Leia o trabalho na íntegra da edição de 23 de janeiro de 2014.
Cláudio Garcia (textos)
claudio.garcia@regiaodeleiria.pt
Joaquim Dâmaso (fotos)
joaquim.damaso@regiaodeleiria.pt
Lina Satos disse:
Forca Manel mostra ai como se trabalha Lol