Segunda-feira o C130 Hércules, da Força Aérea Portuguesa, saiu da Base Aérea de Monte Real (BA5) em direção a Seia. Uma povoação na região “Acqua” estava a acolher centenas de refugiados de uma zona de conflito e só por via aérea era possível fazer chegar alimentos em segurança.
No plano de voo deste monstro dos ares, com mais de 79 toneladas, 40 metros de envergadura e 30 metros de comprimento, estava prevista uma aterragem em Seia, para deixar forças terrestres. De forma descontraída, os militares entraram na aeronave. A mascar pastilha, de mochila às costas e capacetes na cabeça, sabem que vão enfrentar dificuldades no terreno.
Organizam-se dentro do avião e aproveitam, enquanto não chega a hora H, para fechar os olhos. No entanto, a tripulação é surpreendida durante a viagem e tem que reagir a manobras de aeronaves inimigas que tentam atingir com armamento o C130.
O cenário fez parte da primeira missão do Real Thaw 2014 (RT2014), um exercício tático internacional, que está a decorrer em Portugal até 14 de fevereiro e tem como centro de operações a Base de Monte Real.
Conta com a participação de 4.000 militares e 44 aeronaves,provenientes de cinco países, em missões diurnas e noturnas, com a finalidade de aprontar as forças no quadro estratégico dos interesses nacionais e das alianças internacionais.
Marina Guerra (texto)
marina.guerra@regiaodeleiria.pt
Joaquim Dâmaso (fotos e vídeo)
joaquim.damaso@regiaodeleiria.pt