As mochilas estão prontas, as bicicletas afinadas e a moral elevada. Segunda-feira, dia 31, pelas 8 horas, quatro amigos dos animais fazem-se ao Caminho de Santiago de Compostela. “Biking for a paw” (traduzido para português como “pedalar por uma patinha”), ganha forma pelo segundo ano consecutivo, com o objetivo de sensibilizar a comunidade para o respeito pelos animais de estimação.
Pedro Santos, Gonçalo Reixa, André Pinho e Fernando Sanchez vão percorrer o Caminho até Santiago de Compostela de bicicleta, desde o Parque das Nações, em Lisboa, durante 10 dias. O valor das receitas alcançadas para esta e nesta viagem revertem na íntegra para a Associação Zoófila de Leiria.
“Estamos a ultimar pormenores, a logística está toda coordenada e a experiência [de anos anteriores] dá-nos coisas tão básicas como não levar a casa toda atrás”, explica Pedro Santos.
Com algumas “borboletas” a aparecer na barriga, o quarteto sabe que tem que enfrentar dois elementos importantes para completar a viagem: esforço físico e esforço mental. “Planeámos o caminho para que possamos desfrutar um pouco e não fazer apenas o trajeto. Vamos com uma missão e pelo carácter aventureiro”, refere.
Nos últimos meses, os treinos foram intensos, acompanhados de frio, vento, sol e… muita chuva, conta.
Contudo, a maior dificuldade, diz Pedro Santos, está na falta de informação sobre o Caminho para Santiago, abaixo do rio Douro. “Vamos levar GPS para Portugal. Sabemos de antemão que há partes do percurso que não estão marcadas. Em Espanha está tudo sinalizado, mas aqui não é assim”, adianta.
Por isso, boa parte das dormidas em território nacional será feita em quartéis de bombeiros e, no final, o track da viagem será disponibilizado na internet, para ajudar a divulgar o caminho e potenciar este tipo de turismo, esclarecem os aventureiros.
Por agora, as reações e o impacto do projeto tem saldo positivo. “Várias pessoas e empresas vieram ter connosco. Não tivemos nenhum ‘não’ e criou-se um esquema de parcerias muito eficaz. Mas mais importante que a parte monetária, que é mais imediata, é a intervenção que acontece na comunidade e essa demora mais a ter efeitos”, realça.
Marina Guerra
marina.guerra@regiaodeleiria.pt