Com mais pontos UCI conquistados em três meses do que durante um ano na anterior qualificação olímpica, um calendário intenso de provas internacionais e o triunfo no campeonato nacional de BTT, resta a David Rosa a vitória da Taça de Portugal XCO (Cross Country Olímpico). Esse é um objetivo a atingir até ao final da época, porque antes o atleta olímpico natural de Fátima tem as baterias, ou melhor, as rodas dirigidas para outras prioridades.
No último domingo, em Póvoa do Lanhoso, o título de campeão nacional não lhe escapou. David Rosa foi o mais forte e deixou Mário Costa, o campeão de 2013, a 1 minuto e 49 segundos. “Pelo meio sofri um furo, o que acabou por ser mais duro, porque foi numa altura em que estava isolado e perdi algum tempo. Tive que recuperar a vantagem que tinha alcançado, mas no final o que interessa é o lugar em que terminei”, confessa o atleta, que conta com quatro títulos consecutivos de campeão nacional, feito interrompido precisamente em 2013, em Póvoa do Lanhoso.
“Nunca tinha competido lá e sempre que existiam provas, estava fora em qualificação olímpica. Fui o melhor nas provas, mas Mário Costa andou muito e não pude fazer nada”, recorda. Este ano fez!
Somar pontos UCI
A competir desde março, e com um treino contínuo durante o inverno, David só vai parar em outubro. Até lá tem nove provas UCI para cumprir, além dos traçados nacionais que o irão ajudar a manter o ritmo. A próxima paragem lá por fora está marcada para 26 de julho, em Andorra, Espanha. Seguem-se duas Taças do Mundo, a 2 de agosto em Mont-Saint-Anne, Canadá, e a 9 de agosto em Windham, nos Estados Unidos da América.
Esta época, o ciclista estabeleceu marcas históricas para o BTT nacional com o 27º lugar na Taça do Mundo de Albstadt (Alemanha) e com o 19º lugar no Campeonato Europeu. Soma ainda 164 pontos UCI na qualificação olímpica.
“Em 2010 não tinha muita experiência internacional, mas com o acumular dos anos, uma mentalidade diferente e um conhecimento melhor dos adversários, além da forma física que tem melhorado ano após ano, acredito estar no bom caminho”, considera, realçando que o apoio da Federação tem ajudado à participação em mais provas. “Quero estar no meu melhor”, afirma.
Marina Guerra (textos)
marina.guerra@regiaodeleiria.pt
(Leia mais na edição publicada em 17 de julho de 2014)