De noite e de dia, o ruído do trânsito junto ao Mosteiro da Batalha é ilegal. Esta é a principal conclusão de um estudo de ruído junto ao monumento património da Humanidade, levado a cabo em abril pelo Instituto de Soldadura e Qualidade (ISQ), a pedido da Câmara local.
Ficou claro que tanto os valores de ruído diurnos como os noturnos, estão bem acima dos limites legais. E o estudo nem sequer foi realizado tendo em conta os limites de ruído das zonas sensíveis, por falta de enquadramento legal. Mesmo assim, os valores obtidos são muito acima dos limites previstos na lei do ruído.
As medições do ISQ integram um dossiê que a Câmara da Batalha se prepara para entregar ao primeiro-ministro e ao ministro da Economia, visando alertar para o perigo da degradação do monumento
Paulo Batista Santos, presidente da Câmara da Batalha, sublinha que não só vai apresentar o problema ao Governo, como também sugerir formas de o atenuar.
O dossiê apresentará propostas técnicas para a redução da velocidade e reforço da cortina arbórea na zona da EN1 frente ao Mosteiro.
Apontará igualmente a sustentação técnica para reforçar a utilização a A19,através da redução do preço das portagens para o trânsito pesado, com base em fatores ambientais.
Embora a Variante da Batalha (A19) tenha sido construída com o objetivo de desviar o trânsito junto ao Mosteiro, “esse objetivo não está conseguido”, considera Paulo Batista Santos. “A modulação de portagens é algo que já existe e queremos que seja alargada à A19”, reforça.
CSA
(Notícia publicada na edição de 10 de julho de 2014)