Imagine que está na praia, sente necessidade de ir à casa de banho pública e quando chega à porta lhe cobram entrada. Estranho? Pois é o que pode acontecer a partir do próximo ano na Nazaré.
Os elevados custos com os três sanitários públicos da vila piscatória – Sítio, praça Manuel Arriaga e zona norte da Nazaré – levaram o presidente de câmara a auscultar a oposição, na reunião do executivo no passado dia 7 de julho, sobre “a possibilidade de se cobrar um preço de utilização do sanitário”.
Os espaços têm gastos mensais entre os 30 e 60 euros, em cada um, nos primeiros seis meses do ano, a que acrescente o vencimento de quatro funcionárias. Valores que aumentam durante o verão dado o elevado número de veraneantes.
Miguel Sousinha, vereador da oposição, entende que “na estrutura atual não faz sentido avançar com a cobrança de taxas”, já que a nível de imagem da Nazaré e custo-benefício não será rentável. Defende a realização de uma análise criteriosa dos gastos nos sanitários públicos, sugestão aceite pelo presidente que, nos próximos meses deverá avançar com esse estudo.
O vereador vai mais além e afirma que, após a requalificação da marginal da Nazaré e com a criação de sanitários mais modernos, autosuficientes e onde a qualidade seja elevada, “a cobrança do uso de sanitários é possível, à semelhança do que já acontece em toda a Europa”.
Por agora a ideia não passa disso mesmo, e não devem surgir alterações este verão. Em 2015, logo se verá se ir à casa de banho pública pode sair barato ou não.
Marina Guerra
Zé Povinho disse:
Querem poupar… depois dizem que a qualidade da água piora!!