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Partilhando: Nestas férias quero…

Passar horas com o nosso príncipe ao colo, dar eternos beijos e abraços, absorver e guardar em memória o seu cheiro, a textura da sua pele e os sorrisos profundamente deliciosos, tão inocentes e sinceros.

Cristina Barros, professora do IPLeiria e presidente da Incubadora D. Diniscristinabarros.rl@gmail.com
Cristina Barros, professora do IPLeiria e presidente da Incubadora D. Dinis cristinabarros.rl@gmail.com

Passar horas com o nosso príncipe ao colo, dar eternos beijos e abraços, absorver e guardar em memória o seu cheiro, a textura da sua pele e os sorrisos profundamente deliciosos, tão inocentes e sinceros.

Rir até me doer a barriga com as gargalhadas da nossa terrorista, que tem um sentido de humor ímpar e uma energia inesgotável.

Perder-me no sorriso doce e sereno da nossa princesa mais velha, exímia nadadora e saltadora, que me acompanha em muitas aventuras e que vive dentro de água como um peixe.

Correr atrás dos garotos e fazer castelos, barcos de piratas, sereias e afins na areia, até cairmos de cansaço.

Brincar nas ondas com os miúdos e as minhas irmãs, pois sempre fomos uns literais peixes, até ficarmos com o cabelo cheio de areia e a pele enrugada e roxa de tanto estar dentro de água.

Aproveitar ao máximo para estar com os meus pais e irmãs que estão longe e todos os anos nos juntamos nas férias de verão.

Nadar horas no mar aberto e quente até que os braços e as pernas me doam e seja expulsa da água por causa das cãibras.

Amar perdidamente.

Deitar conversa fora, sem nexo e sem me preocupar com a coerência e intelectualidade do discurso e com a crítica.

Isenção de horários e não ter de ouvir “são horas de…” ou “temos de estar ali às tantas horas”.

Limitar o horário de trabalho a uns minutos por dia, pois não posso estar “off” todo o tempo. Foi algo que aprendi a gerir e são as regras do jogo quando temos a responsabilidade de coordenar várias equipas e projetos que “não tiram férias”. É inclusive na altura de férias que o trabalho criativo é mais rico e acabo por desenvolver ideias de caráter mais inovador e disruptivo.

Trocar os sapatos altos pelas Havaianas, os vestidos formais pelos calções e não ter de me preocupar com a aparência.

Dormir a sesta e ler os livros que tenho empilhados há muito, que já havia começado a ler e com os quais adormeci inúmeras vezes.

“Impor” regras como: “É proibido acordar nas férias antes das oito da manhã e fazer birras e choradeiras”…mas não consegui. São sete e já andam a pedir praia.

Deixar o carro na garagem e não ter de conduzir centenas de quilómetros por semana, como é habitual.

Captar os sorrisos, as gargalhadas e os momentos através da fotografia.

Partilhar vivências e experiências.

Simplesmente viver a minha família, os meus amigos, a praia, o mar, o sol, a areia, as caminhadas e as corridas.

(texto publicado na edição de 7 de agosto de 2014)