Os professores de Educação Física da EB 2,3 D. Dinis, em Leiria, decidiram no início do ano letivo não dar aulas no pavilhão gimnodesportivo enquanto não for reparado o piso e substituída a cobertura em fibrocimento.
A recusa conta com o apoio dos pais e da direção do Agrupamento de Escolas D. Dinis, que já enviou três ofícios à DGEstE – Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares reclamando uma intervenção urgente.
Enquanto isso, os alunos têm aulas no recinto exterior quando o tempo o permite e aulas teóricas quando chove. O problema afeta um total de 36 turmas do 2 e 3º ciclos, bem como outras entidades que solicitam habitualmente autorização para utilizar o pavilhão, tendo sido canceladas todas as atividades previstas.
Nas cartas enviadas à tutela, Madalena Costa, diretora, alerta para a “extrema degradação do equipamento” e para os danos provocados pela “entrada de água da chuva por vários locais, desde o telhado, às janelas e portas”.
Referindo-se ainda a “alguns acidentes causados aos alunos pelas farpas existentes” nos últimos anos, a direção recorda que a requalificação do pavilhão esteve orçamentada pela DGEstE o ano passado e previa a substituição do telhado, bem como a colocação de um novo sistema de iluminação de um novo piso.
Até à data, porém, nada foi feito nem avançado qualquer prazo para a execução dos trabalhos, adianta a responsável. Ao REGIÃO DE LEIRIA, Madalena Costa acrescenta que, numa recente visita à escola, um representante da DGEstE “sugeriu que pedisse alguns orçamentos para remendar os buracos do telhado”.
“Mas a nossa proposta é de substituição do telhado”, reafirma, que já solicitou a intervenção da Delegação de Saúde dada a falta de condições de segurança.
Solidários com a decisão dos docentes e da direção, os pais afirmam-se preocupados com a situação e a ausência de uma intervenção.
“O piso de tacos de madeira encontra-se degradado e chove no interior, devido às inúmeras fissuras e buracos na cobertura do mesmo. Além disso, as tão faladas coberturas de fibrocimento que são prejudiciais à saúde ainda permanecem naquela escola, tendo sido retiradas algumas coberturas somente dos telheiros de acesso/comunicação entre pavilhões, mas nas salas de aulas e outros espaços, continua tudo na mesma!”, denuncia o encarregado de educação Emanuel Corrêa.
Apesar da insistência, o REGIÃO DE LEIRIA não conseguiu obter respostas da DGEstE.
MR
(Notícia publicada na edição de 16 de outubro de 2014)