Mais de mil pessoas divididas por 400 carros e três dezenas de motos reclamaram hoje um separador central no IC2, em Leiria, onde ocorreram dois acidentes mortais nas últimas duas semanas.
A marcha lenta que percorreu cerca de 15 quilómetros entre a cidade de Leiria e a ponte da Madalena, Colmeias, nos dois sentidos, demorou cerca de duas horas. O trânsito chegou a estar interrompido, registando-se filas de espera de vários quilómetros.
No regresso a Leiria, o cortejo parou ao quilómetro 129,9, em Boa Vista, e ao quilómetro 125,4, junto à ponte dos Marinheiros, onde faleceram Catarina Pelarigo, 22 anos, e Natália Duarte, 42 anos.
No local, familiares e amigos prestaram uma homenagem às vítimas, depositam algumas flores na berma da estrada.
A iniciativa, a que aderiram também autarcas da Câmara de Leiria e juntas de freguesia de Leiria, Pousos, Barreira e Cortes, Boa Vista e Colmeias, permitiu ainda a recolha de centenas de assinaturas para uma petição pública a exigir mais segurança naquele que já foi apelidado de “troço da morte”.
Frederico Sousa, um dos mentores do protesto, anunciou ainda a constituição a curto prazo de uma comissão de utentes do IC2, com o objetivo de lutar por mais e melhores condições de segurança numa via onde morreram dezenas de pessoas ao longo dos últimos anos.
Martine Rainho
martine.rainho@regiaodeleiria.pt
Joaquim Dâmaso (fotografias)
joaquim.damaso@regiaodeleiria.pt