Caças F16 da Força Aérea Portuguesa, alojados na Base Aérea de Monte Real (BA5), intercetaram hoje mais dois aviões militares russos a sobrevoar o espaço aéreo internacional sob jurisdição portuguesa, disse à Lusa fonte oficial do Governo.
Na quarta-feira, dois caças F16 portugueses ao serviço da NATO intercetaram, identificaram e escoltaram dois aviões militares russos em espaço aéreo internacional sob a responsabilidade de Portugal.
A embaixada russa em Portugal afirmou na quinta-feira que os aviões russos intercetados por caças portugueses cumpriram o Direito Internacional e realizaram voos “em espaço aéreo sobre águas internacionais, não entrando de modo nenhum em espaços aéreos de outros Estados”, segundo um comunicado enviado à agência Lusa.
Segundo o Estado-Maior General das Forças Armadas (EMGFA), nesse primeiro caso, foram “detetadas duas aeronaves não identificadas em espaço aéreo de responsabilidade portuguesa” e ” acionados os meios de alerta previstos neste tipo de situações no quadro da NATO, tendo dois caças F-16 portugueses identificado duas aeronaves militares russas, que encaminharam para fora do espaço aéreo de responsabilidade nacional”.
O ministro da Defesa português afirmou na ocasião que os aviões militares russos “não estavam a fazer a sua circulação nas condições necessárias em termos de tráfego aéreo internacional” e que o comando da NATO “solicitou a intervenção dos F16” que “estão sempre em prontidão na Base de Monte Real”, o que “significa que o sistema funcionou na normalidade”.
De acordo com um comunicado da NATO divulgado na quarta-feira à noite, quatro grupos de aviões militares russos que nos últimos dois dias “realizaram manobras militares significativas” em espaço aéreo europeu foram intercetados por aviões aliados.
Os aparelhos russos, que incluíam bombardeiros, caças e aviões-cisterna, foram detetados sobre o Mar Báltico, Mar do Norte/Oceano Atlântico e Mar Negro.