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Esquilo Vermelho escolhe Pinhal de Leiria para viver

A população do mamífero roedor está a crescer exponencialmente na última década. Compreender a sua expansão e analisar o comportamento do animal é o objetivo do estudo

São vários os registos da presença do esquilo vermelho no Pinhal de Leiria, na Marinha Grande, presentes no projeto Esquilo Vermelho em Portugal. Mas também em Coimbrão e Caranguejeira, no concelho de Leiria, assim como no concelho da Nazaré e em Porto de Mós.

Iniciado em setembro de 2013, o projeto pretende perceber a expansão do esquilo vermelho no território nacional, quais os fatores que influenciam essa expansão e os seus padrões de comportamento.

A espécie, frequente atualmente em quase todo o país, esteve desaparecida durante várias décadas do território nacional, devido ao impacto do homem na natureza, com a destruição e fragmentação do habitat natural do esquilo e a construção de redes viárias. Nos últimos anos a população expandiu-se a “uma velocidade bastante grande” e já há muitos registos da espécie em Portugal. “Em 2001 só havia registos de esquilos até ao norte do rio Douro e já há registos até ao rio Tejo”, explica Rita Rocha, bióloga da Universidade de Aveiro e responsável pelo projeto.

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A mortalidade é bastante elevada nas espécies juvenis mas em adultos podem viver até 3 anos. Mamífero roedor reproduz-se na primavera e verão e é um animal solitário, não agressivo com outros indivíduos da mesma espécie. Pode ser visto em grupo, desde que a zona tenha alimentação em quantidade e qualidade que o permita. O inverno é a estação do ano em que a atividade é menor

 

esquilo vermelho (2)Esta espécie florestal habita na copa das árvores, em vários tipos de floresta, mas com maior incidência em pinhais. Esta espécie alimenta-se maioritariamente de pinhas, sementes, cogumelos e bagas, tem um corpo longo e estreito e uma cauda bastante peluda, que facilita a sua identificação. “Apesar do nome ser ‘esquilo vermelho’ a sua pelagem pode variar bastante, indo desde vermelho até quase ao preto. E apresenta dois tufos de pelos nas orelhas, que são muito característicos desta espécie”, refere a bióloga.

Outra das intenções do projeto é “dar a conhecer esta espécie, trabalhando na educação ambiental”. Além disso, o Esquilo Vermelho em Portugal cresce também graças à interação com o público. Através de fotografias ou relatos da sua presença – como por exemplo por pinhas roídas, já que o esquilo tem um padrão peculiar e deixa as escamas do topo, num pequeno tufo – a identificação nas diferentes regiões “alimenta” o estudo. “De outra forma não teríamos conseguido tantos registos”, realça.

Se, por acaso, se cruzar com o animal e tiver uma máquina fotográfica à mão, aproveite o click e partilhe na página de Facebook Esquilo Vermelho em Portugal. “Cada um dos registos é muito importante para continuar a conhecer esta espécie e assim trabalhar na sua conservação”, entende Rita Rocha.

Marina Guerra
marina.guerra@regiaodeleiria.pt

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