Os bigodes voltaram a estar na moda? Nem por isso, embora em novembro aumentem as probabilidades de ver mais alguns. É o Movember a crescer e já chegou a Leiria.
Trata-se de um movimento que visa consciencializar a população masculina, e não só, para a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do cancro da próstata e dos testículos, entre outras doenças do homem.
O desafio lançado aos homens para deixarem crescer o bigode pretende dar maior visibilidade ao problema e à necessidade de intervenção. Mas não só. O bigode pretende ser um pretexto para meter conversa e falar da saúde do homem, sem tabus, sempre que alguém manifestar curiosidade.
Os homens que se associam a esta iniciativa são os MoBros, e as MoSistas as mulheres que de alguma forma apoiam os MoBros e dão também “a cara” por esta causa. “Mudar o rosto da saúde do homem” é o objetivo deste movimento que já ganhou dimensão global. Nasceu em Melbourne, na Austrália, em 2003, e já conquistou mais de quatro milhões de adeptos em todo o mundo.
O Movember é mais do que uma campanha de sensibilização. Com ele nasceu também uma fundação que visa angariar fundos e que apoia atualmente mais de 800 programas de prevenção e combate à doença em 21 países. A organização estima em 559 milhões de dólares o montante dos donativos já angariados até à data.
É assim possível entregar donativos para esta causa, com ou sem bigode. Mais informações podem ser obtidas através do site www.movember.com ou da página Movember Portugal no Facebook.
Embora em Portugal não haja um grupo oficial do Movember, o número de seguidores tem vindo a aumentar. Em Leiria, os elementos da secção Pédatleta do NEL – Núcleo de Espeleologia de Leiria voltaram este ano a deixar crescer o bigode, e desafiam os participantes das Brisas do Lis Night Run e os leirienses a fazerem o mesmo.
Em Portugal, o cancro da próstata é a doença oncológica mais frequente no homem e a terceira maior causa de morte oncológica, a seguir aos cancros do pulmão e do cólon.
O número
50%
Metade dos homens com mais de 70 anos e quase todos com mais de 90 têm cancro da próstata. Um em cada 6 terá diagnóstico de cancro da próstata ao longo da vida e 1 em cada 35 virá a falecer da doença.
(Notícia publicada na edição de 6 de novembro de 2014)