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Cultura

Farol do Penedo da Saudade, em S. Pedro de Moel, abre às quartas-feiras

Nunca visitou o Farol do Penedo da Saudade, em S. Pedro de Moel? Tem uma oportunidade. A Marinha Portuguesa abre os faróis, semanalmente às quartas-feiras. Veja aqui os horários.

Nunca visitou o Farol do Penedo da Saudade, em S. Pedro de Moel? Tem uma oportunidade. A Marinha Portuguesa abre os faróis, a nível nacional, semanalmente às quartas-feiras em três visitas guiadas pelos respetivos faroleiros.

farol00Esta iniciativa, que teve início em 2011, permite ao público visitar a mítica torre do farol e observar o oceano Atlântico de uma perspetiva única, nos seguintes horários:

– no inverno das 13h30 às 16h30 (última subida à torre às 16 horas)
– no verão das 14 às 17 horas (última subida à torre às 16h30)

 Os faróis abertos semanalmente a visitas são os faróis de Montedor, Aveiro, Leça, Cabo Mondego, Penedo da Saudade (em São Pedro de Moel), Cabo Carvoeiro, Berlenga, Cabo da Roca, Cabo Espichel, Sines, Cabo Sardão, Cabo de São Vicente, Ponta da Piedade, Ponta do Altar, Alfazina, Santa Maria e Vila Real de Santo António.
As visitas a faróis, tal como ocorria anteriormente, podem continuar a ter lugar fora das datas e horários agora definidos, carecendo no entanto de autorização prévia.
O Farol do Penedo da Saudade completou 100 anos em 2012 e o REGIÃO DE LEIRIA visitou o monumento da altura. Veja a reportagem e fotogaleria e leia mais sobre o Farol do Penedo da Saudade na página 8 edição do REGIÃO DE LEIRIA de 10 de fevereiro de 2012.

A Lenda do Penedo da Saudade

Os marqueses de Vila Real foram donos de Moher, hoje denominado São Pedro de Moel (…). O Duque de Caminha, D. Miguel Luís de Menezes, filho do Marquês de Vila Real, vivia feliz em Moher com a sua jovem esposa, a Duquesa D. Juliana Máxima de Faro, filha dos Condes de Faro.

farolNum dos seus passeios a cavalo, nas arribas junto ao mar, pararam os dois sobre o promontório. Como estavam muito enamorados, ali fizeram as suas juras de amor eterno e expressaram o seu carinho.

Naquele local, misturadas com o mato nasciam pequenas e belas flores cor-de-rosa, eram tão raras que só se encontravam naquele sítio, e o duque gostava de oferecer raminhos destas flores à sua esposa. (…) Para eles este sítio era maravilhoso, um verdadeiro paraíso. Tiveram de regressar a Lisboa.

Tinha-se dado a Restauração de Portugal e era nosso rei D. João IV. O título de duque de Caminha tinha sido dado a D. Miguel pelo Rei Filipe III e D. João IV tinha-lho confirmado em 1641. O pai do duque, o marquês de Vila Real, a quem o rei D. João IV tinha também confirmado o título e concedido o lugar de Conselheiro de Estado, não estava satisfeito e começou, junto com outros, a conspirar contra o rei.

Fez então uma reunião (…) e pediu ao filho que estivesse presente. O filho participou nesta reunião para dissuadir o pai das intenções que este tinha contra o rei.

No dia seguinte, o rei já sabia de tudo e mandou prender todos os participantes nessa reunião. A duquesa bem pediu ao rei que perdoasse o seu marido, mas este não lhe concedeu o perdão.

Foi-lhe sentenciada (…) a pena morte. No dia a seguir à execução do duque, a duquesa veio para a praia de Moher, pois só ali podia recordar os mais belos momentos da sua vida. Decidiu nesse momento, ir passear para aquele penedo sempre que o tempo lho permitisse.

Ali estavam em seu redor as belas flores rosas e perfumadas que o seu amado lhe oferecia. A estas flores a duquesa deu o nome de Saudades, e ao local o nome de Penedo da Saudade.

(in Cheiros e Sabores das Nossas Terras – Projeto 4 Cidades – outubro de 2004)

 

Joaquim Dâmaso (Fotografias)

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