O homicida do antigo presidente em Portugal do grupo “Os Mosqueteiros” volta hoje a tribunal acusado pelo Ministério Público (MP) dos crimes de furto qualificado, violação de domicílio e detenção de arma proibida.
Os crimes terão sido cometidos no âmbito do homicídio do empresário António Figueira, em que o arguido, o cidadão francês Marc Lastavel, foi condenado pelo Tribunal Judicial de Leiria a 21 anos de prisão.
Como no mandado de detenção europeu apenas figurava o crime de homicídio qualificado, Marc Lastavel não pôde ser julgado pelos crimes que agora lhe são imputados pelo MP.
No despacho de acusação, o MP sustenta que o arguido guardava no dia 31 de agosto de 2008, no apartamento propriedade da vítima, em Leiria, uma espingarda de caça “sem que possuísse qualquer licença ou autorização para a deter, usar ou guardar”.
“Nesse mesmo dia, naquele local, pouco antes das 22:50, após, com aquela arma, ter morto António Figueira, tirou-lhe todas as chaves que ele guardava consigo”, incluindo as da residência e do veículo da vítima, refere o MP.
Depois de se apoderar do veículo do empresário, o arguido dirigiu-se a casa de António Figueira, em Ourém, “apesar de saber que, no interior, se encontravam a mulher e as filhas dele”, adianta o MP.
Após percorrer várias divisões da casa, o suspeito, que foi administrador de uma das lojas do Intermarché dos Pousos e viveu no apartamento onde ocorreu o crime, saiu da casa da família do empresário, dirigindo-se para França, país onde foi detido e o carro apreendido.
O julgamento, por um colectivo de juízes, está previsto iniciar às 14 horas no Tribunal Judicial de Leiria.