O negócio não tem mais que dois meses. Foi necessário pouco tempo para que os Pastéis de Fátima ganhassem tal fama que são já uma referência para quem passa pela cidade religiosa. O interesse das televisões deu uma ajuda. Os clientes vão-se amontoando e o negócio está inclusive a dar nova vida a um centro comercial esquecido.
Elvina Kamalyetdinova chegou a Portugal com 19 anos. Natural do Uzbequistão, partiu da Ucrânia para se instalar em Vilar dos Prazeres, Ourém. A vida começou aos poucos a seguir o caminho das padarias e dos doces, até ao momento em que decidiu abrir a sua Casa dos Pastéis em Fátima.
A ideia é original e já há casas a copiá-la. Elvina comenta apenas que os donos de tais superfícies já foram avisados. O Pastel de Fátima é uma marca registada. A situação não deixa de ser “triste”, embora isso não a preocupe, como refere.
Quando lhe perguntam se não teme ser acusada de adulterar um doce tipicamente português, afirma que não com um sorriso. A sua receita em nada se baseia no pastel de nata ou de Belém, dos quais é grande apreciadora mas desconhece o método de fabrico. Durante dois anos a família envolveu-se na descoberta da receita do Pastel de Fátima, um segredo da Casa.
Com mais do dobro do tamanho do pastel de nata normal, cada um custa 1 euro. “Já houve quem dissesse que é muito barato. Eu acho um preço justo”, refere.
Leia o artigo na íntegra na edição de 14 de setembro de 2012.
Cláudia Gameiro (texto)
claudia.gameiro@regiaodeleiria.pt
Joaquim Dâmaso (fotos)
joaquim.damaso@regiaodeleiria.pt