Nascido no seio de um hotel com tanta história, só poderia ser um restaurante-hino às suas origens. Surgiu como pequeno café e mercearia, depois expandiu para restaurante afamado, a que acrescentou uma pensão, que se tornou estalagem, e, finalmente, hotel, gerido hoje por Jorge Heleno, filho dos fundadores, a cozinheira de mão cheia, Maria Emília Testa, e de José Heleno. A ementa consiste fundamentalmente em pratos de tacho da cozinha tradicional portuguesa. Da matriarca provam-se os filetes de pescada fresca com arroz malandrinho de berbigão, combinação de peixe da Nazaré e berbigão da Foz do Arelho, ex-líbris que não pode sair da carta. As propostas vão sendo aprimoradas pelo chef Luís Nunes e servidas impecavelmente pelo chefe de sala, Amílcar Fernandes, exímio conhecedor dos vinhos que melhor casam com o chambão de borrego, a cabidela com galinha do campo genuína, o bacalhau no tabuleiro à Dom Gonçalo e o coelho à Conde d’Ourém, em tabuleiro e tachinho. A origem dos ingredientes é ponto de honra na ementa, desde o início de refeição com o azeite de Fátima, de olival tradicional, ou os figos de pingo de mel de Rendufas, que compõem o folhado de entrada, ao peixe fresco chegado diariamente da praia da Nazaré e às carnes Barrosã e Mirandesa que ganham viço com as aromáticas da horta do hotel. As mais de 20 propostas de vinho a copo e as numerosas referências da região são um convite à experimentação. Passe primeiro pelo bar, para um mojito de framboesas, preparado por Telmo Santos, o chefe de bar.
Fonte: Região à mesa 2019 e Guia de Bem Comer 2024