No início do verão o CEO da Volkswagen informou o mercado que a empresa está em sérias dificuldades. A expressão que utilizou foi “the roof is on fire”, tendo também referido que a razão desta crise, que afeta para já os fabricantes do mercado generalista, está intimamente relacionada com a deriva elétrica e a dificuldade dos fabricantes europeus serem competitivos neste mercado.
Paulo Carreira da Silva
Parceria REGIÃO DE LEIRIA/Sedes - Associação para o Desenvolvimento Económico e Social
Exclusivo9 de Outubro de 2023
A crise da indústria automóvel
A indústria automóvel é um dos motores económicos, um setor fundamental para a Europa e seu estado social. Uma crise neste setor impacta transversalmente em todo o continente e em particular, os países e setores dependentes desta indústria.
Valerio Puccini disse:
Li com interesse o artigo do Paulo Carreira da Silva sobre a crise do sector automóvel e se não fosse uma tragédia eu poderia rir. Obviamente não em relação ao artigo, mas pensando em quanta energia foi usada nos últimos 10 anos para destruir a indústria cujo futuro permanece hoje lamentado. Quantos esforços foram feitos para limitar a indústria automotiva, sem pensar nas consequências impactantes que isso teria gerado. – Primeiro abaixamos as calças e depois reclamamos se alguém se aproveita… -Peço desculpas pela metáfora, mas é muito apropriada para me limitar. Para trazer à tona o que aconteceu, por enquanto apenas parcialmente, mas que em breve morderá as panturrilhas do setor, até os provérbios, filhos da sabedoria do nosso povo , não são mais avós suficientes. “Chorar pelo leite derramado”, “Fechar o estábulo depois que os bois fugirem”, “Acender a luz depois de bater a cabeça”. Eu paro aqui. Quem sabe se os 6 jovens que denunciaram metade da Europa por não fazer o suficiente pelo clima se terão questionado sobre o problema? Quem sabe se alguém, ao tentar inclinar-se para além do nariz sem cair, alguma vez se terá questionado sobre o problema dos empregos que serão inevitavelmente perdidos neste sector estratégico. O facto de Leiria poder ser directa e fortemente afectada num futuro próximo devido às inevitáveis repercussões nas indústrias conexas torna-se quase marginal se pensarmos no impacto que esta emocional e irracional “política verde” terá em todo o mundo. Quando percebermos que “não há conversa”, talvez seja tarde demais para fazer as pazes. Chegará o dia em que os chineses terão a economia mundial nas mãos, a imigração terá mudado para sempre as características da nossa civilização, comeremos insectos enquanto bebemos sumo de batata. Nesse mesmo dia chegará a decisão do Tribunal Europeu que irá concordar com os 6 jovens de Leiria, escrevendo a sentença em folhas de papiro…