Difícil mantermo-nos politicamente corretos, contrapondo uma intrínseca vontade de expelir palavrões.
Portugal está a morrer, tem aproximadamente noventa anos de idade e portanto mais uns dez, mais coisa menos coisa, para acabar de se afundar. É esta a sensação que tenho, a de que temos poucos anos de vida.
Hoje esta ideia permanente de sabermos que vamos morrer, torna-se uma força necessária para desfrutarmos o bom que é possível absorver da vida que levamos. Temos filhos, namoradas, amigos, pais (quem não tem pelo menos um dos enunciados, que os arranje)… para quê políticos?!..
Quando temos quem nos compreenda, quem nos apoie, para quê continuar a dar oportunidade a quem nem te conhece, para quê confiar na máquina que fabrica e condiciona desesperados cidadãos sobreviventes. É urgente sermos felizes antes que isto acabe.
De uma forma politicamente correta, harmoniosa e sem violência, vamos mandar de uma vez por todas estes senhores para um sítio que cheire mal ou para a sombra de uma árvore… que não um pinheiro ou um sobreiro, mas sim outra cujo nome tenho tremenda dificuldade em escrever, refiro-me à grande sombra que um carvalho poderá proporcionar-lhes.
O fim está perto, vamos viver a vida que esta urgência em encontrar soluções futuras está a dar cabo de nós e a queimar-nos o presente.
(texto publicado na edição em papel de 11 de maio de 2012)
Florencio disse:
Parabéns pela revolta madura, mas terna e apropriada, coragem de expor impulsos e sentimentos de nosso incógnito ser….Concordo, estamos perdidos e aflitos com o amanhã e deixemos escapar o agora, substituímos a raiva pelo amor…esta é a natureza humana, e contra ela também precisamos lutar…cada um com suas ferramentas….eu tenho as minhas, MEDITAÇÃO.