É um desalento ver as nossas vilas e cidades, sem vida, sem alegria, sem encanto. Pessoas sós com semblante petrificado, idosos cabisbaixos sentados no beiral das suas casas, ruas sem gente, praças
desarranjadas e abandonadas, cafés e esplanadas sem gosto, escassas e desajeitadas zonas verdes, sem expressão ou vivalma e comerciantes apaticamente resignados. Acorrentadas à desertificação, solidão, pacatez glacial e condicionadas por um urbanismo agreste, dominado pela desorganização do seu território e pelos carros, as pessoas refugiam-se cada vez mais em suas casas e convivem infelizmente cada vez menos.
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