As eleições no Brasil proporcionaram a reeleição de Dilma. Ao Brasil colocam-se desafios enormes próprios de um grande país e de um país grande. A sua emergência na cena internacional conduz igualmente a uma forte responsabilidade fora de fronteiras. Com espaço para se afirmar e com desafios fortes internos, os próximos anos, de incerteza, serão igualmente anos onde uma forte competência governativa, de liderança, de voz e de afirmação são esperadas. Colocado preferencialmente no hemisfério sul, um hemisfério sempre mais esquecido, ele posiciona-se como um motor regional determinante, mas também como um elemento estratégico fundamental nas Américas e na ligação entre o atlântico e o pacífico, com preponderância para a China. Com áreas de investigação importantes, capacidade produtora e de consumo em crescendo, o Brasil está no limiar de mais uma viragem capaz de lhe conceder a graça de continuar a trabalhar para um futuro melhor para as suas gentes e o mundo. Por isso só podemos esperar que, do lado de lá, a grandiosidade daquela sociedade irmã também espalhada pelo mundo possa originar grandes momentos de crescimento, de boa influência e de capacidade de empreender. Surgem oportunidades mais consolidadas e capazes de colocar a nossa língua igualmente num caminho de maior e melhor afirmação no mundo.
(texto publicado na edição de 30 de outubro de 2014)
