
O mês de agosto está acabar e com ele, para muitos, o período mais longo de férias do ano…
O tempo de férias é curioso no que respeita à noção do próprio tempo: tanto sentimos que as escassas horas que nos separam do dia seguinte ao início das férias são uma eternidade, como que a semana em que estivemos de férias passou sem que nos déssemos conta!
Mas não é só o tempo de férias que provoca a noção de relatividade do tempo, ao longo da vida os anos passam cada vez mais depressa, mesmo que os dias demorem a passar.
Estes sentimentos levam-nos muitas vezes a praguejar contra o tempo e com os que nos rodeiam, pelo que conseguimos, ou não, fazer com ele…
Contudo, a realidade é que cada dia tem sempre 24 horas para todos os que o vivem. Atrevo-me a dizer que provavelmente este é facto impar de igualdade para toda a humanidade, que se mantém inalterado e independente da ação humana, num mundo em que a desigualdade entre pessoas aos mais diversos níveis e a mudança é norma.
A relatividade do tempo é pois uma perceção da realidade e não a própria realidade e isso é algo muito importante para que cada um de nós possa sentir o tempo como um aliado seu e viver o seu tempo da melhor maneira!
(texto publicado na edição de 28 de agosto de 2014)