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Crónica irregular: Caminho da Nazaré

Caminho de peregrinação, mas também de cultura. Promotor de um intenso contacto com a natureza e com o silêncio.

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Francisco Vieira

Caminho de peregrinação, mas também de cultura. Promotor de um intenso contacto com a natureza e com o silêncio. Nasceu do prazer pessoal de ir calcorreando os percursos pedestres do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros. E foi motivado por esta iniciativa (então profissional) que fui descobrindo a inesgotável beleza do Parque. Ao avistar a Nazaré do alto da Serra dos Candeeiros, o óbvio começou a fazer sentido e a ganhar forma. Unir, através de um caminho de peregrinação os santuários marianos de Fátima e da Nazaré. Fui, quase sempre solitariamente, descobrindo os trilhos mais agradáveis, unindo-os numa perspetiva de reduzir distâncias, garantir a sua passagem por espaços com valor patrimonial, assegurando pontos de apoio essenciais a quem caminha. E porque é um percurso para fazer a pé, em dois dias, defini as Pedreiras, como local ideal de paragem e merecido descanso. Depois foram chegando amigos disponíveis para testar o percurso e decidi apresentar a ideia ao Centro Nacional de Cultura. Daí resultou um compromisso entre os vários municípios que o Caminho atravessa e nos próximos dias será definido o seu entroncamento com o Caminho do Mar. Esforço voluntário que acredita ser recompensado pelo número e experimentação daqueles que o ousarem fazer. Mais informação em caminhodanazare.blogspot.pt.

(texto publicado na edição de 21 de novembro de 2013)