Educar uma criança sempre foi um desafio. Por muitos livros e teses que existam, nenhuma parece encaixar no mundo real e uma das coisas que me dá um certo alívio é acreditar que, fiz um bom trabalho nessa área, e que provavelmente não serei mais chamada a liderar a educação de alguém. Ser mãe ou pai nos dias que correm é horrível, porque estão sempre demasiados olhos a julgar o seu comportamento. Ora muito lascivos, ora agressivos, ora pouco ou demasiado assertivos. Qualquer ato de irascibilidade é considerado violência, e quando se fala de permissividade são acusados de desinteresse. Começam logo de bebés com massagens, osteopatas, concertos, natação e milhares de coisas mais. Deve ser por isso que os casais só querem ter um filho e mesmo assim não sei como conseguem levar tanta solicitação por diante. Não há dinheiro ou paciência que aguente. Com esta da paciência já consegui escandalizar meio mundo que em matéria de paciência esta tem de ser inesgotável para os garotos. Tudo gira em volta deles e para eles é que todos vivem. Quem é pai ou mãe sabe que o amor incondicional é apanágio da paternidade e da maternidade, mas tal não implica descentralizar o universo para colocar aqueles pequenos seres a liderar e sobretudo a tiranizar as nossas vidas. O meu pai sempre foi um pai dedicado e presente mas eu sabia que na hora do telejornal tinha de calar a boca para ele ouvir as notícias.
O meu diário: Educar
Quem é pai ou mãe sabe que o amor incondicional é apanágio da paternidade e da maternidade, mas tal não implica descentralizar o universo para colocar aqueles pequenos seres a liderar e sobretudo a tiranizar as nossas vidas.