Cerca de 60% dos portugueses adultos têm excesso de peso ou obesidade e todos nós conhecemos alguém que convive com este problema.
O preço a pagar para tratar a obesidade
Os fármacos aprovados em Portugal para tratar a obesidade têm sido poderosas armas ao dispor dos médicos que tratam pessoas com excesso de peso e obesidade. Mas nenhuma destas opções é atualmente comparticipada.
VP disse:
O facto de os medicamentos para tratar a obesidade serem suportados pelos obesos parece-me ser uma consequência lógica essencialmente de dois factores. A primeira é a falta crónica de recursos nos orçamentos do Estado para lidar com os problemas crescentes da doença/longevidade. A segunda consiste na crença (equivocada) das pessoas de que, independentemente do comportamento, alguém deve fornecer. A obesidade “médica”, se é que podemos chamá-la assim, é um “dos quais” no pântano dos transtornos alimentares que hoje constituem a regra da nutrição para todas as faixas etárias. Fanta, Coca Cola, Orangeade, Sangria são os hábitos de consumo da maioria das pessoas que vejo jantando em restaurantes e/ou enchendo carrinhos de compras. Sem falar na série de “Imperiais” que acompanham o after-work da tarde no bares. A solução que colocaria todos em pé de igualdade, garantindo que as pessoas que não têm respeito nem cuidado consigo mesmas não pesassem “injustamente” sobre todas as outras, poderia ser a subscrição de apólices de seguros, dedutíveis de impostos, para pessoas em “risco voluntário para alimentação e tabagismo”, de forma a integrar os serviços do SNS. Nunca como neste caso o provérbio “quem causa a sua própria dor, chore por si mesmo” transmite perfeitamente a ideia.
Se o mundo “woke” de hoje exige que o suicídio seja regulamentado por lei. Que as crianças podem ser compradas no mercado. Que todos possam decidir se querem ser homens, mulheres ou mesmo animais, e estabelece que todos os banheiros públicos, masculinos e femininos, sejam equipados com absorventes higiênicos (?!?) Por que a sociedade deveria desperdiçar o dinheiro de todos para salvar em qualquer custo aqueles que, conscientemente ou não, decidiram não atribuir qualquer valor às suas vidas. Em vez de ficar sempre apenas filosofando, seria uma boa ideia começar a colocar as ideias em seus devidos lugares, descartando as que não têm valor.