Há quase cinco anos elegi a Batalha como minha casa em Portugal, apesar de minha ascendência alentejana e transmontana. A beleza da região, aliada à sua riqueza histórica e cultural, conquistaram-me e hoje sou coproprietário de um alojamento local. Mas nestes poucos anos em que aqui estou, e conhecendo visitantes de todas as partes do mundo, sempre me intrigou porque razão uma vila com tantos atrativos e estrategicamente localizada no coração de Portugal não é capaz de fazer com que seus visitantes cá permaneçam por mais que uma simples pernoita (resultando em muito pouco para a economia local), quando aqui poderiam ficar e, a partir daqui, explorar seus vizinhos, internacionalmente famosos (Fátima, Leiria, Ourém, Tomar, Nazaré) ou não (como as lindas praias, que nada ficam a dever às do Algarve, e as grutas da Moeda e de Mira de Air), a menos de 30 minutos.
Daniel R. Carneiro
Analista de sistemas e jornalista de turismo, lusodescendente, morador na Batalha
Exclusivo11 de Setembro de 2022
O que falta à Batalha para se consolidar como destino turístico internacional?
É preciso haver mais união entre os municípios vizinhos dos distritos de Leiria e Santarém, discutindo-se em conjunto uma solução para o transporte público e planeando uma agenda cultural conjunta.