Escrevo de Praga. Trouxe-me até aqui a oportunidade profissional de ensinar Português na Universidade Carolina, um novo desafio num lugar rico em história, memória e cultura. Comigo vieram objetivos específicos, certa de que os dias seriam preenchidos por tarefas e compromissos que não estariam nas rotas turísticas. Contudo, foi ao caminhar pelos bairros, cruzar pontes e percorrer a rua onde trabalho, a Na Příkopě (que significa “em cima do fosso” por ter nascido numa linha divisória entre a “cidade velha” e a “cidade nova”), que percebi poder ter uma experiência única, independentemente dos motivos. A cidade, com o seu passado grandioso e a sua energia vibrante, começou desde logo a interferir comigo.
Artigo exclusivo para os nossos assinantes
Tenha acesso ilimitado a todos os conteúdos do site e à edição semanal em formato digital.
Se já é assinante, entre com a sua conta. Entrar