Julgo que já não se fazem e muito menos usam aqueles cadernos de caligrafia onde treinávamos a escrita, sob a vigilância apertada da professora primária. Cedo me defrontei com uma dificuldade funcional em disciplinar o cursivo. Algumas letras, sobretudo aquelas que estavam autorizadas a franquear os limites estreitos das duas linhas, resistiam a qualquer disciplina normativa.

João B. Serra
Professor Jubilado do IPLeiria
Exclusivo10 de Julho de 2022
Que se passa? Salvos pelas máquinas (I)
A admissão europeia da máquina de escrever obedecia a uma regra. A máquina devia circunscrever-se ao estrito domínio público, sendo-lhe vedada a esfera privada. Uma carta comercial escrita à máquina, sim. Uma carta a amigo ou a namorada, só manuscrita.