O Dia Mundial do Ambiente é celebrado a 5 de junho por resolução das Nações Unidas. Bom seria que nesta data fosse inaugurado um moderno e eficiente sistema de tratamento dos dejetos das suiniculturas.
Como não é possível inaugurar uma obra prometida há décadas, poderíamos ao menos assinalar a data com o arranque da construção desta infraestrutura, indispensável para preservar os rios.
Infelizmente não temos obra nem projeto. Nem sequer uma ideia. Apenas discursos.
Se deixarmos o problema das suiniculturas para alguém resolver daqui a 20 ou 30 anos, podemos desejar que este Dia Mundial do Ambiente marque o arranque de um sistema de recolha de resíduos, porta a porta.
Num sistema de recolha mais ambicioso haveria finalmente a separação entre lixo indiferenciado e resíduos orgânicos, uma pequena diferença, mas uma grande medida em defesa do futuro.
O tema das suiniculturas é o que se sabe. E em matéria de recolha de resíduos o panorama é desolador. Faltam ecopontos e campanhas de sensibilização e informação sobre o seu uso correto. E falta uma nova política, com recolha mais seletiva e envolvimento das pessoas, prédio a prédio, rua a rua.
Inspirados no Dia do Ambiente podemos ao menos ter a ambição de ir mais longe no tratamento de águas residuais, ou falar de uma rede de abastecimento público de água sem desperdício.
Há tanto por fazer nos concelhos da região. O que se faz em matéria de ambiente é poucochinho. Agora que o desconfinamento nos convida a olhar para o futuro, o ambiente tem de ser uma aposta e não um discurso.
Neste Dia do Ambiente não há motivos para celebrar, apenas razões para exigir.